segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Apenas 38% das empresas brasileiras têm governança de TI

Estudo feito pelo MIT mostra que apenas 38% das empresas brasileiras possuem projetos estruturados de governança de TI. De acordo com Peter Weill, pesquisados do MIT e autor do livro Governança de TI, os números confirmam a falta de maturidade das companhias brasileiras em relação à gestão do desempenho dos departamentos de TI.



Ele destaca ainda que a chave para elaborar um projeto eficaz de governança de TI é "fazer tudo do modo mais simples possível". Para tanto, Weill aponta quais são os quatro passos fundamentais que devem ser seguidos no processo de desenvolvimento das políticas:





1. Buscar o alinhamento com as áreas de negócios: de acordo com o especialista, antes de iniciar a elaboração do projeto de governança, os CIOs precisam conhecer profundamente a estratégia dos demais departamentos da organização. . "Só assim saberão como estipular objetivos que realmente tragam resultados para o negócio", diz ele.

2. Mapear projetos e serviços de TI: os CIOs devem mapear formalmente todos seus ativos e, principalmente, identificar redundâncias e aquilo que pode ser eliminado. "Dessa forma, reduzindo custos, ganharão a confiança dos gestores das demais áreas e mostrarão que não são apenas um centro de custos da companhia", explica Weill.



3. Estebelecer prioridades: depois de eliminar o que é dispensável, os gestores de TI devem priorizar os projetos e serviços do departamento de acordo com a estratégia do negócio e buscando, sempre, a valorização da companhia perante o cliente final.


4. Acompanhar resultados: o CIOs devem avaliar as políticas de governança trimestralmente para, então, estipular metas mais factíveis à equipe e identificar fatores que atrapalham o desempenho na área, bem como a tomada de decisão por parte das lideranças.


Acho que isso mostra que tem um imenso mercado para quem tiver afim de cair de cabeça na área de governança de TI.




FONTE: CIO Brasil

[Off-Topic: Livros] - Deu no New York Times

Bom, como primeiro post de indicação de livros, começo pelo livro Deu no New York Times, do Larry Rohter.

A primeira vez que tive contato com esse livro foi ano passado. Estava numa loja da Siciliano em João Pessoa e ele tava exposto em uma daquelas pilhas de livros que ficam em destaque na loja. Peguei e dei uma rápida lida de 10 minutos. Achei muito interessante. Não comprei porque já tava lendo outro livro.

Mas, quando foi no inicio desse ano, comprei.




O livro tem uma linguagem bem direta e de uma leitura interessante. Larry Rohter aborda assuntos como sociedade e política, mostrando matérias que foram publicadas sobre o Brasil por ele no jornal mais influente do mundo. Também traça vários comentários acerca das experiências que ele teve como um estrangeiro tentando entender e se integrar na sociedade brasileira.

O mais interessante do livro são os comentários do autor. Ele lança sua visão, na ótica de um correspondente estrangeiro, assuntos que nós, brasileiros, fazemos questão de não enxergar ou de não dar a devida importância. Como exemplo, só para ficar em ciência e tecnologia,  ele cita a Fapesp, que conquistou um lugar de destaque na genômica, quando em 2001 conseguiu fazer o sequenciamento genético de uma bactéria que ataca as laranjas. Isso teve uma boa cobertura da mídia internacional, mas quase não teve relevância para os meios de comunicação aqui do Brasil. Isso sem falar das pesquisas da Embrapa...

Leitura altamente recomendada.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Segundo semestre promete ter retomada nos investimentos em TI

Que a crise afetou tudo e todos, todo mundo sabe. Começou com previsões tão catastróficas que o apocalipse virou criança perto dela. Pois bem. Depois que o pior da crise já tenha passado (pelo menos é o que a maioria dos especialistas dizem), os projetos de TI engavetados finalmente poderão ver a luz do dia.

Segundo Mauro Peres, presidente do IDC Brasil, nesse segundo semestre será feito gastos maiores com TI. Isso acontecerá em função das empresas terem apertado os orçamento da área de TI, que por sua vez teve que selecionar a dedo os projetos mais urgentes que, vamos dizer assim, "escaparia" da faca. Contudo, será uma retomada de gastos lenta, de contenção, de muita negociação e avaliação dos projetos de grande porte.

As empresas estão renegociando contratos e reavaliando a sua estrutura. O McDonalds, segundo a revista, revisou os seus contratos na área de telecomunicações, para reduzir a conta de voz, abriu novas negociações para redução de custos e concentrou serviços em outros fornecedores. A empresa já utiliza VoIP (voz sobre IP) e agora está renegociando tarifas e planos. Outro exemplo mencionado na revista são as Lojas Marisa. Segundo Mendel Szlejf, CIO da rede de lojas, em momentos de crise ou não, sempre está se olhando os custos. "Vivemos focados em custos. Todos os meses fazemos revisão, sem um segundo de trégua”, diz. “A mensagem para a Marisa é clara, em tempos de crise e de não crise, olhe custo".

Bom, o que parece é que as companhias estão começando a assimilar o final da crise e estão dispostas aumentar os gastos de TI, mesmo que de forma contida. Isso é até previsível, uma vez que mesmo quando a crise chegar ao fim, ela deixou um rastro de destruição por onde passou, que levará um tempo até ser consertado.

Vale a pena perder um naco de seu tempo lendo a matéria completa, no link logo abaixo.


FONTE: TI Inside

TI auxiliando nas fusões de negócios

Reproduzo aqui uma matéria que saiu no Baguete sobre a influência da TI no processo de fusões de empresas:

"(Semana passada) teve início com o anúncio da unificação das operações entre o Itaú Unibanco e a Porto Seguro. Acordos como esse já não são tão raros, e podem ser observados em todos os setores da economia.

Se voltarmos alguns anos no tempo, facilmente identificamos grandes direcionadores e estratégias de negócios que marcaram a forma das empresas na administração e evolução do business. Há mais tempo ainda tivemos a era da especialização, na qual cada empresa buscava tornar-se mais competitiva nas suas respectivas segmentações. Nesse período tudo era desenvolvido "em casa", desde processos produtivos até os administrativos. Foi a grande fase dos sistemas de Tecnologia da Informação desenvolvidos internamente, os chamados "taylor made", ou seja, feitos sob medida.

Com o passar do tempo as empresas perceberam que nem sempre criar era a melhor estratégia, e veio a era do copiar, que recebeu o nome de benchmarking. A adoção de processos comuns, feitos de acordo com best practices tomaram lugar de destaque e deram origem aos pacotes de soluções de TI.

O diferencial não era mais a especialização e sim a capacidade de integrar, de gerar informações. A TI teve o desafio de se adaptar ao novo modelo e saber implantar pacotes, entender de arquitetura e buscar o máximo de integração com os chamados "legados" para disponibilizar grande quantidade de dados em informação executiva.

Deste contexto, movido pela globalização, pelo dinamismo de mercado e pelas oscilações da economia, surge uma nova prática cada vez mais frequente e intensa: as fusões. Não importa se já fazia parte da estratégia de crescimento das empresas, ou ainda, se o momento econômico instável favorece a prática até para sobrevivência, o fato é que cada vez mais as empresas estão adotando o modelo de fusões.

Com os últimos casos de fusões e aquisições, como o exemplo do Itaú Unibanco e Porto Seguro, alguns fatos podem ser observados: se por um lado, uma gigante se forma, por outro, diminui o espaço para empresas especuladoras que, muitas vezes, quebram suas operações por uma governança ineficiente ou até mesmo de forma intencional.

Em muitos casos, essa ação de "tornar-se grande" pode ser vista como positiva para os clientes, ou seja, grandes corporações devem, na sua essência, oferecer serviços de qualidade garantindo ao mesmo tempo a tranqüilidade de sustentabilidade aos usuários de seus produtos e serviços. O lado negativo fica por conta do risco de mercado, onde quanto maior o número de fusões e/ou aquisições, menor é o número de empresas concorrentes, e é evidente que concorrência é a melhor forma de termos preços e serviços justos no mercado.

De um modo geral, a TI passa por um novo desafio: a integração de várias operações, e não apenas dos sistemas da sua empresa. Uma das medidas mais importantes agora é ter seus processos e serviços bem definidos para facilitar que as fusões aconteçam de forma rápida e eficiente, sem deixar rastros ou provocar despesas exageradas. A própria Tecnologia da Informação não pode contribuir para a duplicação de seus custos. Em fusões, quando tratamos de custos, um mais um tem que ser menor que dois. O grande desafio da TI é agilizar a fusão e/ou aquisição além de incentivar o business a adotar as melhores soluções de TI, mesmo que algumas estejam do lado de quem está sendo comprado.

Ronei Silva é diretor da TGT Consult"

Achei legal a parte que ele diz que nas fusões, se tratando de custos, um mais um tem que ser menor que dois. Afinal de contas, um dos motivos principais de uma fusão é a redução de custos.


FONTE: Baguete

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Forrester aponta descompasso entre a área de TI e fornecedores

Levantamento feito pela consultoria Forrester Research mostra que os fornecedores para a área de TI não estão dançando conforme a música. Com a crise, a área de TI (como as demais áreas da organização) foi forçada a diminuir custos e dar prioridade a projetos urgentes e essenciais.

Entretando, alheias a essa nova realidade, a indústria de TI está mais afim de vender soluções completas e inovadoras, ao invés de ajustar seus preços à atual conjuntura econômica, conforme mostra o relatório da Forrester, batizado de “How The Recession Is Affecting Tech Vendors” (Como a Recessão está Afetando os Fornecedores de Tecnologia, em português). Segundo Chris Andrews, analista da Forrester, a indústria está menos focada em usar o preço como uma forma de atender as necessidades dos clientes.

Ainda no relatório, a consultoria mostra, entre outras coisas, que os decisores de TI estão mais preocupados em basear suas decisões em casos de sucesso e também uma maior participação dos acionistas na área de TI. "Os dados indicam que a influência dos acionistas para o negócio tem virado cada vez mais importante nesse clima de economia", avalia Andrews, que acrescenta: "Isso deve-se à aversão a risco".


FONTE: CIO