segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Apenas 38% das empresas brasileiras têm governança de TI

Estudo feito pelo MIT mostra que apenas 38% das empresas brasileiras possuem projetos estruturados de governança de TI. De acordo com Peter Weill, pesquisados do MIT e autor do livro Governança de TI, os números confirmam a falta de maturidade das companhias brasileiras em relação à gestão do desempenho dos departamentos de TI.



Ele destaca ainda que a chave para elaborar um projeto eficaz de governança de TI é "fazer tudo do modo mais simples possível". Para tanto, Weill aponta quais são os quatro passos fundamentais que devem ser seguidos no processo de desenvolvimento das políticas:





1. Buscar o alinhamento com as áreas de negócios: de acordo com o especialista, antes de iniciar a elaboração do projeto de governança, os CIOs precisam conhecer profundamente a estratégia dos demais departamentos da organização. . "Só assim saberão como estipular objetivos que realmente tragam resultados para o negócio", diz ele.

2. Mapear projetos e serviços de TI: os CIOs devem mapear formalmente todos seus ativos e, principalmente, identificar redundâncias e aquilo que pode ser eliminado. "Dessa forma, reduzindo custos, ganharão a confiança dos gestores das demais áreas e mostrarão que não são apenas um centro de custos da companhia", explica Weill.



3. Estebelecer prioridades: depois de eliminar o que é dispensável, os gestores de TI devem priorizar os projetos e serviços do departamento de acordo com a estratégia do negócio e buscando, sempre, a valorização da companhia perante o cliente final.


4. Acompanhar resultados: o CIOs devem avaliar as políticas de governança trimestralmente para, então, estipular metas mais factíveis à equipe e identificar fatores que atrapalham o desempenho na área, bem como a tomada de decisão por parte das lideranças.


Acho que isso mostra que tem um imenso mercado para quem tiver afim de cair de cabeça na área de governança de TI.




FONTE: CIO Brasil

[Off-Topic: Livros] - Deu no New York Times

Bom, como primeiro post de indicação de livros, começo pelo livro Deu no New York Times, do Larry Rohter.

A primeira vez que tive contato com esse livro foi ano passado. Estava numa loja da Siciliano em João Pessoa e ele tava exposto em uma daquelas pilhas de livros que ficam em destaque na loja. Peguei e dei uma rápida lida de 10 minutos. Achei muito interessante. Não comprei porque já tava lendo outro livro.

Mas, quando foi no inicio desse ano, comprei.




O livro tem uma linguagem bem direta e de uma leitura interessante. Larry Rohter aborda assuntos como sociedade e política, mostrando matérias que foram publicadas sobre o Brasil por ele no jornal mais influente do mundo. Também traça vários comentários acerca das experiências que ele teve como um estrangeiro tentando entender e se integrar na sociedade brasileira.

O mais interessante do livro são os comentários do autor. Ele lança sua visão, na ótica de um correspondente estrangeiro, assuntos que nós, brasileiros, fazemos questão de não enxergar ou de não dar a devida importância. Como exemplo, só para ficar em ciência e tecnologia,  ele cita a Fapesp, que conquistou um lugar de destaque na genômica, quando em 2001 conseguiu fazer o sequenciamento genético de uma bactéria que ataca as laranjas. Isso teve uma boa cobertura da mídia internacional, mas quase não teve relevância para os meios de comunicação aqui do Brasil. Isso sem falar das pesquisas da Embrapa...

Leitura altamente recomendada.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Segundo semestre promete ter retomada nos investimentos em TI

Que a crise afetou tudo e todos, todo mundo sabe. Começou com previsões tão catastróficas que o apocalipse virou criança perto dela. Pois bem. Depois que o pior da crise já tenha passado (pelo menos é o que a maioria dos especialistas dizem), os projetos de TI engavetados finalmente poderão ver a luz do dia.

Segundo Mauro Peres, presidente do IDC Brasil, nesse segundo semestre será feito gastos maiores com TI. Isso acontecerá em função das empresas terem apertado os orçamento da área de TI, que por sua vez teve que selecionar a dedo os projetos mais urgentes que, vamos dizer assim, "escaparia" da faca. Contudo, será uma retomada de gastos lenta, de contenção, de muita negociação e avaliação dos projetos de grande porte.

As empresas estão renegociando contratos e reavaliando a sua estrutura. O McDonalds, segundo a revista, revisou os seus contratos na área de telecomunicações, para reduzir a conta de voz, abriu novas negociações para redução de custos e concentrou serviços em outros fornecedores. A empresa já utiliza VoIP (voz sobre IP) e agora está renegociando tarifas e planos. Outro exemplo mencionado na revista são as Lojas Marisa. Segundo Mendel Szlejf, CIO da rede de lojas, em momentos de crise ou não, sempre está se olhando os custos. "Vivemos focados em custos. Todos os meses fazemos revisão, sem um segundo de trégua”, diz. “A mensagem para a Marisa é clara, em tempos de crise e de não crise, olhe custo".

Bom, o que parece é que as companhias estão começando a assimilar o final da crise e estão dispostas aumentar os gastos de TI, mesmo que de forma contida. Isso é até previsível, uma vez que mesmo quando a crise chegar ao fim, ela deixou um rastro de destruição por onde passou, que levará um tempo até ser consertado.

Vale a pena perder um naco de seu tempo lendo a matéria completa, no link logo abaixo.


FONTE: TI Inside

TI auxiliando nas fusões de negócios

Reproduzo aqui uma matéria que saiu no Baguete sobre a influência da TI no processo de fusões de empresas:

"(Semana passada) teve início com o anúncio da unificação das operações entre o Itaú Unibanco e a Porto Seguro. Acordos como esse já não são tão raros, e podem ser observados em todos os setores da economia.

Se voltarmos alguns anos no tempo, facilmente identificamos grandes direcionadores e estratégias de negócios que marcaram a forma das empresas na administração e evolução do business. Há mais tempo ainda tivemos a era da especialização, na qual cada empresa buscava tornar-se mais competitiva nas suas respectivas segmentações. Nesse período tudo era desenvolvido "em casa", desde processos produtivos até os administrativos. Foi a grande fase dos sistemas de Tecnologia da Informação desenvolvidos internamente, os chamados "taylor made", ou seja, feitos sob medida.

Com o passar do tempo as empresas perceberam que nem sempre criar era a melhor estratégia, e veio a era do copiar, que recebeu o nome de benchmarking. A adoção de processos comuns, feitos de acordo com best practices tomaram lugar de destaque e deram origem aos pacotes de soluções de TI.

O diferencial não era mais a especialização e sim a capacidade de integrar, de gerar informações. A TI teve o desafio de se adaptar ao novo modelo e saber implantar pacotes, entender de arquitetura e buscar o máximo de integração com os chamados "legados" para disponibilizar grande quantidade de dados em informação executiva.

Deste contexto, movido pela globalização, pelo dinamismo de mercado e pelas oscilações da economia, surge uma nova prática cada vez mais frequente e intensa: as fusões. Não importa se já fazia parte da estratégia de crescimento das empresas, ou ainda, se o momento econômico instável favorece a prática até para sobrevivência, o fato é que cada vez mais as empresas estão adotando o modelo de fusões.

Com os últimos casos de fusões e aquisições, como o exemplo do Itaú Unibanco e Porto Seguro, alguns fatos podem ser observados: se por um lado, uma gigante se forma, por outro, diminui o espaço para empresas especuladoras que, muitas vezes, quebram suas operações por uma governança ineficiente ou até mesmo de forma intencional.

Em muitos casos, essa ação de "tornar-se grande" pode ser vista como positiva para os clientes, ou seja, grandes corporações devem, na sua essência, oferecer serviços de qualidade garantindo ao mesmo tempo a tranqüilidade de sustentabilidade aos usuários de seus produtos e serviços. O lado negativo fica por conta do risco de mercado, onde quanto maior o número de fusões e/ou aquisições, menor é o número de empresas concorrentes, e é evidente que concorrência é a melhor forma de termos preços e serviços justos no mercado.

De um modo geral, a TI passa por um novo desafio: a integração de várias operações, e não apenas dos sistemas da sua empresa. Uma das medidas mais importantes agora é ter seus processos e serviços bem definidos para facilitar que as fusões aconteçam de forma rápida e eficiente, sem deixar rastros ou provocar despesas exageradas. A própria Tecnologia da Informação não pode contribuir para a duplicação de seus custos. Em fusões, quando tratamos de custos, um mais um tem que ser menor que dois. O grande desafio da TI é agilizar a fusão e/ou aquisição além de incentivar o business a adotar as melhores soluções de TI, mesmo que algumas estejam do lado de quem está sendo comprado.

Ronei Silva é diretor da TGT Consult"

Achei legal a parte que ele diz que nas fusões, se tratando de custos, um mais um tem que ser menor que dois. Afinal de contas, um dos motivos principais de uma fusão é a redução de custos.


FONTE: Baguete

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Forrester aponta descompasso entre a área de TI e fornecedores

Levantamento feito pela consultoria Forrester Research mostra que os fornecedores para a área de TI não estão dançando conforme a música. Com a crise, a área de TI (como as demais áreas da organização) foi forçada a diminuir custos e dar prioridade a projetos urgentes e essenciais.

Entretando, alheias a essa nova realidade, a indústria de TI está mais afim de vender soluções completas e inovadoras, ao invés de ajustar seus preços à atual conjuntura econômica, conforme mostra o relatório da Forrester, batizado de “How The Recession Is Affecting Tech Vendors” (Como a Recessão está Afetando os Fornecedores de Tecnologia, em português). Segundo Chris Andrews, analista da Forrester, a indústria está menos focada em usar o preço como uma forma de atender as necessidades dos clientes.

Ainda no relatório, a consultoria mostra, entre outras coisas, que os decisores de TI estão mais preocupados em basear suas decisões em casos de sucesso e também uma maior participação dos acionistas na área de TI. "Os dados indicam que a influência dos acionistas para o negócio tem virado cada vez mais importante nesse clima de economia", avalia Andrews, que acrescenta: "Isso deve-se à aversão a risco".


FONTE: CIO

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Profissionais de TI tem que pensar como CFOs

O que fazer para ter projetos de TI aprovados? Segundo Clay Richardson, analista da consultoria Forrester Research, o profissional de TI tem que pensar como CFO (Chief Financial Officer, ou Diretor Financeiro, em português). Na opinião de Richardson, um dos pontos importantes é ter uma visão voltada ao corte de desperdícios. “Para isso, basta que sejam implementadas metodologias e ferramentas capazes de promover economia de custos para as empresas”, diz.

Na matéria menciona que de acordo com uma pesquisa feita pela Forrest em 2008, o BPM (Business Process Management, ou Gerenciamento de Processos de Negócio, em português) lidera a lista de projetos adotados pelas áreas de TI, com 75%, seguido de computação em nuvem, com 50%. Com o BPM, usado de forma acertada, é possível combinar ítens importantes, tais como governança de TI, monitoramento de atividades de negócios, integração de aplicativos e arquitetura, gerenciamento de fluxo de trabalho e técnicas de modelagem de processos.

Finalizando, Richardson fala de necessidade de que os projetos de BPM serem liderados por profissionais oriundos da área de tecnologia. “A grande maioria tem apenas perfil de negócios, mas acho essencial que o analista de processos tenha as duas orientações, negócios e TI”, afirma.


FONTE: ComputerWorld Brasil

Falhas na gestão da tecnologia reduz o valor das empresas na bolsa

Segundo pesquisa de uma renomada universidade norte-americana, as empresas que não administram corretamente e negligenciam o gerenciamento de TI podem perder até 2% do valor de suas ações negociadas na bolsa de valores.

De acordo com a matéria da ComputerWorld, o resultado mostra que as empresas tem que aprimorar as estratégias de governança e também enxergar os custos de TI sob o prisma de investimentos que têm relação direta com a geração do lucro que deve ser repassado aos acionistas e do valor esperado pelos stakeholders. Também é lembrado que os CIOs precisam adequar a linguagem para expor suas necessidades ao comitê gestor, de forma que tanto o comitê, como os demais membros da organização compreenda as metas da área de TI.


FONTE: ComputerWorld Brasil

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

De acordo com pesquisa, 2/3 das empresas deixam de medir o valor da TI

Pesquisa realizada pela ISACA em nove países com pouco mais de 1200 empresas constatou que as empresas acreditam estar concretizando valor a seus investimentos de TI. Contudo, elas não tem certeza, uma vez que menos da metade compreende o valor por toda a empresa e dois terços deixam de medi-lo na íntegra. Ainda segundo a pesquisa, metade dos participantes acreditam que conseguem extrair de seus investimentos de TI entre 50% e 74% do valor esperado.

De acordo com Robert Stroud, vice-presidente internacional da ISACA, metade dos participantes disse que mediram o valor real até certo ponto e, um em cada dez deles não fizeram nenhuma medição, o que não é uma boa notícia.

Comentando os resultados da pesquisa, John Thorp, presidente da equipe de desenvolvimento de valor em TI (Val IT) da ISACA, disse que, apesar de a maioria das empresas ter a percepção de concretizar o valor da TI, poucas entre elas têm uma compreensão real do significado desse valor e um número ainda menor mede-o efetivamente, o que faz chegar a seguinte pergunta: as organizações se baseiam em que para definir onde serão gastos os recursos disponíveis?

Thorp também menciona que as empresas que não medem o valor integralmente são incapazes de identificar quais gastos foram bem sucedidos e quais não foram e que devem ser cortados, fazendo com que a empresa perca oportunidade de novos negócios. Por fim, ele diz que sem a adoção de práticas de gestão elas não conseguiram extrair o real valor de seus investimentos.

No estudo, 15% dos participantes disseram que o papel de garantir ótimos retornos para os públicos de interesse foi administrado pela diretoria; 11% afirmaram o diretor executivo tratou dessas questões; e apenas 9% disseram que a tarefa ficou a cargo do diretor financeiro. Do total, 8% admitiram que ninguém foi o responsável por isso na empresa.


FONTE: BusinessWired.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

As 7 perguntas que garantem o sucesso da estratégia de TI

Matéria que foi publicada hoje no site CIO fala sobre algumas perguntas que devem ser feitas a fim de ter sucesso com a estratégia de TI planejada pela organização. Atenção ao planejamento (se atende à toda organização) e à disponibilidade de recursos são fundamentais para o correto gerenciamento do mesmo. Dessa forma, é sugerido fazer essas perguntas antes de criar uma estratégia da área de TI:

1 - A estratégia de TI é muito genérica?

O departamento de TI quase nunca atendem a uma única necessidade, sendo sempre bem abrangente. Porém, apesar de ser abrangente, deve atentar também para as particularidades de cada área da organização. Em função disso, o gestor de TI deve observar melhor as necessidades de cada departamento da organização, de forma que seja elaborado uma estratégia que cubra da melhor forma possível toda a empresa e também as necessidades específicas de cada departamento.

2 - A estratégia está direcionada ao mercado?

Para responder a essa pergunta, o CIO deve sair de seu ambiente e ir em busca de informações que ajude a formular uma estratégia de TI bem sucedida, que podem ser obtidas através dos próprios executivos e também com as pessoas do setor. Através dessa ação o CIO irá entender melhor as demandas e oferecer soluções que realmente irá fazer diferença.

3 - A estratégia será claramente comunicada?

Aqui a matéria diz que os planos de TI são entendidos pelos executivos, porém quando começa sua implementação essa comunicação invariavelmente é quebrada. É sugerido a elaboração de um documento detalhado do plano de TI, com o objetivo de habilitar qualquer pessoa da organização a entender e discutir sempre que necessário.

4 - A estratégia é realista?

O CIO deve estar atento que, para o plano de TI correr conforme o planejado, deve haver a disponibilidade de recursos financeiros, técnicos e tecnológicos. Por isso, deve ser levado em consideração todos esses pontos, com o risco do plano não ir pra frente caso seja negligenciado algum desses pontos.

5 - A estratégia pode melhorar o dia a dia da organização?

O plano de TI deve atender as necessidades operacionais e os objetivos de negócio da organização. Caso isso não esteja acontecendo, significa que está havendo desperdício de recursos financeiros, de tecnologia, de pessoal...que significa que a estratégia deve ser revista.

6 - A estratégia tem suporte adequado, em termos de sistemas?

Na maior parte dos projetos que envolvem mudanças, a falha está atrelada a problemas com as pessoas envolvidas. Gestor de TI e equipe trabalhando em linha e dentro do escopo é crucial para o sucesso do plano.

7 - A estratégia está adaptada às mudanças no ambiente de negócio?

Aqui o planejamento tem que ser dinâmico, a fim de refletir os novos desafios da organização.


FONTE: CIO

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O valor de tecnologia para os negócios

Muito se fala sobre alinhar a TI com os negócios. Praticamente em todos as fontes que leio e que vejo algum CIO (Chief Information Officers) falando, seja por artigo ou por entrevista, que é necessário conectar a TI as estratégias de negócio da organização. Daí eu hoje estava lendo uma matéria no site da ComputerWorld, e mais uma vez aparece a mesma situação, só que dessa vez falando sobre as métricas utilizadas pela equipe de TI.

De acordo com a matéria, assinada por Rodrigo Caetano, e que cita Ione Coco, vice-presidente de pesquisas para América Latina da Gartner, a gestão de TI utiliza métricas que não mostra o valor que a TI gera para os negócios, sendo esse um problema antigo e que deve permanecer por alguns anos. "O gestor de tecnologia deve sempre procurar perguntar aos líderes de negócios quais são as demandas dos clientes", afirma Ione.

Ainda segundo a matéria, os executivos de negócios tem dificuldade de entender o valor da TI em função da demora dos resultados. Se a área de TI não consegue dizer claramente o que foi agregado a companhia, fica mais dificil convencer o alto escalao da organização a investir mais dinheiro no setor de TI. Como mudar isso? Conhecendo melhor a empresa e saber o que ela espera da TI. Contudo, isso varia muito.

Ione fala que o setor de autopeças, por exemplo, espera que a TI aumente sua eficiência operacional. Já um banco espera uma posição mais estratégica da TI, na transformação dos negócios. A partir disso é que o gestor vai em busca das demandas das áreas de negócio, entrando nesse momento a comunicação do setor de TI com os demais departamentos da empresa. Dessa forma, a TI será capaz de identificar as métricas corretas. "Custo não é valor. Há uma grande distância entre implementar um sistema e ter retorno com ele", diz Ione.

Por último, ela sugere que na hora de apresentar as conquistas, esqueça completamente da linguagem técnica e incorpore a linguagem de negócios. Uma coisa tão óbvia, mas que praticamente todo mundo faz questão de ignorar. Imaginem: se já é chato você escutar um amigo seu, que é versado em um determinado assunto, falando termos e mais termos técnicos que você não entende bulufas, imaginem só como estará o cara que está avaliando se vai ou não liberar dinheiro para o setor, só escutando termos técnicos que ele não entende nada. Animador nao?


FONTE: ComputerWorld Brasil


listening: Octagem and M.I.D.O.R - Metropolitan (original mix)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Qual a melhor forma de medir desempenho da TI?

A equação é simples: na mesma proporção que a TI fica mais representativa nos orçamentos, ela demanda mais (e melhores) métricas de avaliação para justificar seu valor dentro das estratégias corporativas. Em tempos de economia acelerada e projetos a todo vapor ficava até difícil analisar seu desempenho, já que a avalanche de demandas exigia mais ação do que reflexão e suportar o negócio consumia grande parte do esforço. Os custos muitas vezes eram ofuscados por margens gordas de lucro verificadas no balanço mensal das organizações. Mas a retração na expectativa de receita trazida pela crise financeira mundial fez o comando das empresas partirem em busca de alternativas de redução de custos, propondo cortes de tudo aquilo que não contribuísse significativamente com o resultado. Então, a posição deste departamento, que já desfrutou períodos de grande prestígio, passou a ser questionada.

O dilema surge na hora de mostrar as contribuições da tecnologia. Utilizar indicadores que avaliam a área pode servir com uma forma de justificar orçamentos ou até mesmo identificar recursos alocados em projetos que não estejam alinhados às estratégias de negócio e, consequentemente, podem ser descartados. São comuns empregar métricas como tempo de resposta, entrega, acordo de níveis de serviço (SLA, na sigla em inglês) e disponibilidade para mensurar o desempenho do departamento baseados nos resultados obtidos por pesquisas no service desk, tempo e qualidade de desenvolvimento de aplicações, manutenção de infraestrutura e processos.

No entanto, nem sempre este conjunto de valores "operacionais" traduz a importância da tecnologia frente aos anseios do corpo executivo. "Tudo na TI tem de ser medido dentro de sua contribuição ao negócio. Seja reduzindo custo, seja ampliando receitas", defende o consultor Sergio Lozinsky. Desta forma, é importante que os CIOs estabeleçam relações entre os custos da tecnologia e o seu resultado dentro da organização.
Contudo, analisa o especialista, talvez mais fundamental que isso, seja conseguir ser compreendido pelos usuários e pelo board de executivos que, na maior parte das vezes, não consegue ver valor em um conjunto de questões extremente técnicas. "Não adianta criar indicadores se não há espaço político para trabalhá-los. Os resultados precisam ser apreciados por quem deve, com a TI contribuindo para o negócio", opina.

Sem receita pronta

"É muito difícil avaliar o desempenho da área de tecnologia, assim como é difícil justificar os novos investimentos", comenta Fernando Meirelles, professor FGV - EAESP, citando que, para outras áreas de negócio, a relação entre investimento e seu retorno pode ser mais fácil de ser identificada. O especialista explica que é simples, por exemplo, medir o ROI gerado para a produção com a colocação de um torno na fábrica. "De forma geral, as tecnologias são novas e não deixam muitas referências", detalha. Isto cria dificuldades para separar seu impacto no desempenho global da corporação. "Você vê o lucro, mas qual é a participação da TI nele?", questiona.

Do lado mais tangível, pode-se medir a satisfação dos usuários "comuns" de tecnologia por meio do service desk. Entretanto, os líderes de negócio - que demandam projetos e (em muitos casos) pagam por eles - precisam de uma análise mais profunda, que muitas vezes transita em conversas e pesquisas de satisfação para entender como a TI atende às demandas e sua aceitação em determinada área.
Surgem iniciativas de misturar métricas oriundas de metodologias de governança, como Itil e Cobit, com indicadores que tocam o balanced scoredcard (BSC) e as avaliações operacionais de TI. Cruzar informações nesta equação pode ajudar a avaliar o investimento em tecnologia sobre receita líquida, variação do custo por máquina e medição de satisfação dos clientes da área. Definir porcentuais ideais deste mix pode tornar mais claro o desempenho da TI no balanço da companhia. Alinhar a estratégia da área aos objetivos corporativos e buscar por uma visão de fora do departamento validando a qualidade dos serviços prestados emerge como uma forma de posicionar-se estratégicamente na organização.

"Cada CIO adota uma prática, mas sugerimos utilizar indicadores balanceados", Laurence Liu, gerente-sênior da Deloitte. A consultoria desenvolveu uma metodologia que divide o desempenho em quadrantes, nos quais são contemplados os investimentos estratégicos (voltados à inovação); os que fazem o negócio crescer (com saltos qualitativos da TI); e mais dois blocos operacionais: produtivo (relativo à automatização) e manutenção. A distribuição gráfica facilita a apresentação dos gastos por parte do gestor.
Na visão do consultor, quanto maior o nível de entrega de projetos de inovação por parte da TI, mais próximo o CIO está do negócio e maior a contribuição da área na estratégia corporativa. As métricas que surgem nos balanços financeiros são muito significativas para os executivos corporativos sêniores, mas é difícil descrever todos os benefícios derivados da TI usando somente indicadores financeiros.

"Não há um conjunto de indicadores comuns, com pessoas usando as mesmas referencias", analisa Lozinsky, citando como usual a avaliação do custo de TI frente ao faturamento total da empresa. "A satisfação não é uma receita de bolo nem muito padronizada", comenta. Para o consultor as métricas precisam ir além do retorno como investimento (da sigla no inglês, ROI). "Na TI estratégica, você implementa um produto e uma tecnologia para ganhar mercado, não apenas para reduzir custos", pontua, dizendo que companhias que tem este procedimento incorporado entre seus indicadores ainda são exceção da exceção.

Demonstrando valor

A construção das métricas de avaliação na Villares Metals começou em 2004, quando José Antonio Furtado assumiu o (grande) desafio de vencer um gap de investimentos tecnológicos que permeou a companhia por cerca de 20 anos. Um dos modelos de governança implantados foi o de charge back, onde se coloca o custo de TI sob a responsabilidade do usuário. "Se o dono da área não vê valor naquele serviço, ele tem de cortar mesmo", enfatiza, apontando que tecnologia deve ser encarada como um recurso da companhia que, se bem usado, gera valor.
Furtado divide as métricas aplicadas na empresa de duas formas: uma mais normativa e outra mais subjetiva. A primeira relaciona-se a cerca de 30 controles operacionais padrões que medem, entre outras coisas, disponibilidade de máquinas e atendimento. Já a segunda está plenamente atrelada ao impacto da área no negócio. "Esta é muito mais complexa de ser medida", confessa o executivo, citando reuniões estruturadas e periódicas com líderes de áreas usuárias para discutir o desempenho da TI e a forma como ela pode agregar valor ao negócio.
Nesse sentido, a abordagem "subjetiva" tenta compreender como o usuário encara as aplicações disponibilizadas. Furtado revela que toda reunião com cada líder de área, que ocorre com intervalos de dois a quatro meses (dependendo da área), começa sempre com a apresentação da missão e dos valores da TI. "Parece meio repetitivo, mas a insistência se dá porque é importante ter em mente a razão primeira de ser de TI", revela. Questionado sobre qual seria esta razão, o executivo detalha: "Primeiro você precisa fazer com que o tudo funcione".

O gerente reconhece que tal afirmação pode não soar impressionante ao mercado por refletir aspectos básicos, mas "se você não passar por este desafio, você perde sua razão de ser", adiciona. Ou seja, de nada vale um sistema maravilhoso de apresentação de projeto para um cliente se, na hora de imprimir uma nota fiscal, a impressora falha. Posto isto, o encontro estruturado passa a avaliar ações de TI que não suportam, mas participam do negócio e como elas contribuem para a área usuária, tornando-a mais efetiva, eficiente ou econômica. O objetivo principal é fazer com que o custo de tecnologia seja marginal frente ao resultado da companhia.
As reuniões de Furtado visam a mostrar quanto cada departamento utiliza de tecnologia relativizando estes valores frente ao negócio como um todo. Isto ajuda a dimensionar o peso de cada área sobre os investimentos totais em TI e sobre o desempenho da companhia. Os resultados são apresentados em gráficos que detalham os investimentos atrelando-os a custo e produtividade para saber se a manutenção de equipamentos e sistemas vale a pena para o gestor de negócio. "Se você não buscar utilizar as ferramentas no máximo, é melhor repensar", revela. Na Villares, os investimentos em TI são direcionados pela área de negócio. Por fim, há uma reunião aberta para que o gestor da área de negócio exponha sua percepção sobre a TI. "É sempre bom dar a possibilidade de feedback. Todos pontos tratados na reunião são resolvidos. Dá um trabalho danado", reconhece.

Estar atento e ouvir o que o público pensa sobre a TI pode ser uma das métricas mais úteis para saber a quantas anda a área. Quando assumiu o departamento na Villares Metals, a primeira iniciativa de Furtado foi visitar o negócio para compreender os requerimentos e as estratégias corporativas a fim de criar um plano aderente. "Como os usuários vinham com pouca coisa de TI, eles eram pouco exigentes", recorda o executivo. Com o passar do tempo e o andar dos projetos, a introdução das facilidades provenientes uma infraestrutura adequada e de sistemas mais aderentes trouxe clientes mais exigentes. "À medida que os níveis de serviço aumentam, as cobranças se elevam", balanceia.

Em meio à revolução pela qual passava a TI da indústria, os indicadores forneciam mapas sobre o andamento dos projetos e quanto faltava para entregar o estava prometido. "As métricas eram claras para definir como eu andava e o quanto me desviava do caminho", analisa Furtado. A expectativa do usuário neste ambiente de extrema transformação foi equacionada com comunicação. "Implantamos um programa de gestão de mudança", explica o executivo, citando ações como mapeamento dos influenciadores de cada área para identificar (e resolver) eventuais problemas assim que eles aparecessem. Com isso, a TI gerou multiplicadores. "Demandava muita sensibilidade. São percepções sutis", recorda, listando como sinais de alerta a ausência de usuários-chave em reuniões de projeto e, até, aquelas brincadeiras "casuais" nos corredores.


FONTE: InformationWeek Brasil
Por: Felipe Dreher

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Melhores práticas: CobiT - Parte 2

Dando continuação ao primeiro post que fala do CobiT, vamos para a segunda parte desse framework.

No primeiro post fiz uma breve introdução ao CobiT e falei também sobre a familia de produtos do CobiT, composto de vários livros, entre eles o livro Framework. Nesse livro está toda a estrutura do CobiT. Ele é composto por 4 domínios:

---> Planejamento e Organização (PO): Nesse domínio temos a abrangência estratégica e tática, identificando as formas através da qual a TI pode melhor contribuir para alcançar os objetivos de negócio. A realização da visão estratégica demanda a necessidade de planejamento, comunicação e gerenciamento para diferentes perspectivas.

----> Aquisição e Implementação (AI): Esse domínio trata da identificação, desenvolvimento e/ou aquisição de soluções de TI para executar a estratégia de TI. Também está incluso nesse domínio a cobertura de casos em que seja necessário efetuar alguma mudança ou manutenção dos sistemas existentes.

----> Entrega e Suporte (DS): Nesse domínio o foco está nas entregas reais dos serviços solicitados que abragem as operações tradicionais relacionadas a processamento de dados e sistemas aplicativos, pautados na segurança e transporte. Esse domínio assegurará que os sistemas sejam executados de acordo com o esperado na implementação e que continuem a ser processados de acordo com as expectativas com o passar do tempo.

---> Monitoração (M): Nesse domínio são usados os SLAs (Services Level Agreement) ou outra diretriz para habilitar a equipe de TI a se avaliar, verificando se está correspondendo as expectativas e possibilitando a tomada de decisões proativas.

Tendo em mente esses quatro domínios, a organização precisa agora identificar como está sua situação em termos de controle e de medições de desempenho. Para tratar dessa tarefa, o CobiT aborda um modelo de maturidade, derivado do SW-CMM, e também indicadores de desempenho e de metas. O modelo de maturidade do CobiT, que está descrito no livro Management Guidelines, compreende os seguintes níveis:

--->Nível 0 (inexistente): Nesse nível, a organização não reconhece a existência de um processo a ser gerenciado;

---> Nível 1 (Inicial): Há evidências de que a organização reconhece que o processo existe, porém tudo é feito de maneira esporádica e desorganizada.

---> Nível 2 (Repetitível): Os processos são estruturados e procedimentos similares são seguidos por diferentes indivíduos. Nesse nível, há uma forte dependência do conhecimento individual;

---> Nível 3 (Definido): Os processos são padronizados, documentados e comunicados;

---> Nível 4 (Gerenciado): Nesse nível os processos são monitorados e medidos quanto a conformidade com os procedimentos definidos;

---> Nível 5 (Otimizado): Aqui os processos foram refinados até alcançar as melhores práticas, com base no resultado de melhoria contínua e comparações com outras organizações.

Através desses níveis a empresa pode saber qual é sua atual situação e pode estabelecer as melhorias dos processos, de forma que fique em linha com as estratégias da organização.

Existe também os indicadores de metas e desempenho, que também estão descritos no livro Management Guidelines:

---> Indicadores de Metas (KGI - Key-Goal Indicators): são elementos de negócio indicando "o quê" deve ser feito, definindo medidas para avaliar o processo quanto ao seu alcance em relação aos seus requerimentos de negócio;

---> Indicadores de Desempenho (KPI - Key-Performance Indicators): aqui está focado no "como", identificando se um determinado processo está sendo bem executado ou não, a fim de atingir a meta desejada.

O CobiT é um modelo de boas práticas bastante abrangente, podendo ser usado especialmente na avaliação dos processos de TI e na auditoria dos riscos operacionais de TI, uma vez que os processos podem ser avaliados individualmente ou em conjunto, sendo o resultado disso bastante benéfico para a organização, que irá ter um melhor retorno sobre os investimentos feitos em TI.

domingo, 12 de julho de 2009

ISACA licensia o CobiT e Val IT para a Microsoft

A ISACA assinou um acordo com a Microsoft, permitindo a companhia integrar o conteúdo do CobiT e Val IT ao seu próprio framework de Governança de TI, o Microsoft Operations Framework (MOF). Essa integração está na publicação "MOF to COBIT/Val IT Comparison and Cross-Implementation Guide: How to Leverage MOF in a COBIT/Val IT Environment", disponível no www.microsoft.com/datagovernance.

O CobiT, que ajuda executivos e profissionais de TI com melhores práticas, reduz os riscos relacionados a TI e aumenta a confiança das informações providas pela TI, e o Val IT, um conjunto de ferramentas para "destravar" o valor da TI, permitindo mudança de negócios, estão disponíveis gratuitamente no site da ISACA.

Segundo Lynn Lawton, presidente internacional da ISACA, uma governança consistente da TI e dos investimentos relacionados a TI é crítica para o sucesso da empresa, especialmente numa economia competitiva e cheia de desafios. Também falou que esse acordo de licensa firmado entre a ISACA e a Microsoft foi desenhado para beneficiar os negócios ao redor do mundo e ajudar o usuários do MOF a perceber ao máximo os valores de negócios de seus objetivos de TI com o CobiT e Val IT.


FONTE: Security Watch


listening: Above & Beyond - Trance Around the World 250

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Executivos do setor financeiro defendem postura proativa da TI

"O gestor de TI deve ter uma postura mais dura e séria. Não podemos mais ser vistos como aqueles que chegam ao usuário interno com um bloquinho para anotar pedidos", diz o vice-presidente de meios do banco Santander/Real, Gustavo Roxo.

Para Roxo, pelo fato de a área de tecnologia ser considerada hoje estratégica às operações dos bancos, os CIOs do setor devem assumir uma postura mais proativa, ao antecipar as demandas do negócio e sugerir iniciativas que melhorem os resultados das instituições.

Na mesma linha, a vice-presidente de TI da Caixa Econômica Federal, Clarice Coppetti, sugere medidas práticas e imediatas para solucionar um problema comum a esse segmento: a obsolescência dos processos.

"Devemos apresentar às demais áreas da companhia um projeto voltado à reestruturação de processos", cita Clarice. Ainda segundo ela, na maior parte dos casos, as instituições financeiras têm investido recursos preciosos para automação de processos que já não fazem mais sentido. "É necessário conhecer profundamente a estrutura para avaliar quais métodos ainda geram resultados efetivos à organização e quais podem ser extintos ou precisam ser reformulados", diz Clarice.


FONTE: CIO Brasil

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pesquisa mostra resultados do uso dos frameworks de Governança de TI

Empresas que efetivamente governam suas TI alcançam as metas de negócio mais frequentemente, aponta um novo estudo feito com 538 organizações ao redor do mundo.

Encomendado pela ISACA e conduzido pela IT Alignment e pelo Governance Research Institute, o estudo examinou os resultados de negócio da implementação dos frameworks CobiT e Val IT.

Os resultados desse estudo está publicada no Building the Business Case for CobiT and Val IT: Executive Briefing, disponível no site da Isaca: www.isaca.org/downloads.

"O estudo revela uma forte relação entre a implementação dos processos do CobiT e do Val IT e o alcance das metas de TI - e uma forte relação entre a conquista das metas de TI e das metas de negócio", disse Wim Van Grembergen, co-autor do relatório e professor da University os Antwerp e University of Antwerp Management School.

A pesquisa também identificou quais processos do CobiT são os mais frequentementes implementados. A maioria está dentro do domínio DS (Delivery and Support), conforme mostra os 5 mais implementados:

1. Gerenciar o ambiente físico (DS12)
2. Gerenciar central de serviços e incidentes (DS8)
3. Adquirir e manter infra-estrutura tecnológica (AI3)
4. Garantir a segurança dos sistemas (DS5)
5. Assegurar conformidade com requisitos externos (ME3)

Segundo Steven De Haes, que também é co-autor do estudo, os resultados mostram que as empresas ainda estão mais focadas nos problemas operacionais (implementação, entrega e suporte) do que com os problemas de planejamento e monitoração.


FONTE: Security Watch UK

Melhores práticas: CobiT - Parte 1

Nos últimos anos vem surgindo e sendo desenvolvido diversos modelos de melhores práticas de TI. Temos o CobiT, ITIL, Val IT, CMMI, entre outros.

A fim de dar uma pincelada nesses modelos, estarei abordando toda semana pelo menos um desses vários modelos que está no circulo da Governança de TI. Nessa primeira parte, irei falar do CobiT, que é o modelo mais abrangente dentre os vários existentes.

O CobiT (Control Objectives for Information and related Technology) foi criado em 1994. Atualmente na versão 4, é coordenado pela IT Governance Institute, orgão criado pela ISACA para promover a adoção dos princípios de Governança de TI. É um modelo aplicável para auditoria e controle dos processos de TI, desde o planejamento da tecnologia até a monitoração e auditoria de todos os processos. Ou seja, o CobiT vem à estabelecer relacionamentos com os requisitos de negócios, organizar as atividades de TI, definir os objetivos de controle e identificar os principais recursos de TI, apontando quais devem receber a maior fatia do bolo de investimentos.

Ele é composto por seis livros, cada um abordando uma diretriz específica:

  • Resumo Executivo (Executive Summary): Explica os conceitos e princípios-chave;
  • Estrutura (Framework): Base para a abordagem e para os elementos COBIT. Organiza o modelo do processo em quatro domínios;
  • Objetivos de Controle (Control Objectives): Detalha os objetivos de controle de cada processo;
  • Práticas de Controle (Control Practices): Identifica as melhores práticas e descreve requisitos para controles específicos;
  • Diretrizes de Gerenciamento (Management Guidelines): Vincula objetivos empresariais e de TI e fornece ferramentas para a melhoria do desempenho de TI;
  • Diretrizes de Auditoria (Audit Guidelines): Fornece orientações sobre como avaliar controles, estimar conformidade e documentar riscos.

Na segunda parte desse post irei falar sobre os domínios do CobiT e do livro Framework.

domingo, 5 de julho de 2009

A TI alinhada ao negócio

Eu estava aqui lendo a edição de junho da revista Information Week e uma matéria em particular me chamou atenção. Quem assina a matéria é Antonio Carlos Pereira, gerente de tecnologia da informação da Oxiteno, do grupo Ultra, que atua na área de hidrocarbonetos.

A matéria começa falando que entre os executivos muito se fala sobre alinhar a TI com os negócios. Mas como fazer isso acontecer? "O negócio precisa querer", diz. E isso implica também em mudança de comportamento e atitude da área de TI, tanto internamente como em suas relações de trabalho na empresa. Antonio mostra um quadro que traça as alterações entre o modelo convencional, chamado de "área de sistemas" e o novo modelo, descrito como "área de TI".



Ele fala que nas empresas as quais a TI não está no core business (na parte central do negócio), o padrão seguido é o da tradicional "Área de Sistemas", que tem atuação reativa, e por consequencia, sua agenda é recheada de problemas, sendo a maioria ligada a aspectos operacionais.

Para ser proativa, segundo Antonio, uma área de TI precisa participar do negócio, estando lá quando nascer uma idéia, como também antes de nascer o problema, o qual permite antecipar-se a maioria das causas quem fazem os projetos atrasarem.

Por fim, ele fala que se é desejo da organização utilizar o potencial da tecnologia da informação para fazer diferença nos negócios, é preciso mudar do formato convencional (área de sistemas) para um modelo de transformação (área de TI), deixando de usa-la como "muleta" para usa-la como "alavanca", lembrando sempre que precisa ter o empenho dos dois lados: o da equipe de TI e da empresa.

Preparando-se para adotar um modelo de Governança de TI

Muitas empresas, inclusive as Governamentais, estão adotando ou adotarão modelos de Governança de Ti, a exemplo dos modelos de Governança Corporativa que vêm sendo adotados nos últimos anos. Com a adoção desses modelos, as organizações ganham e muito, em transparência e visibilidade dos seus processos de TI e sua relação com todos os outros processos da organização.

Porém, para se adotar com êxito um modelo de Governança, seja qual for o escolhido, é essencial que a organização tenha bem claros alguns aspectos importantes sobre a TI, o primeiro deles, é a posição estratégica que a TI deve ter nas organizações: visualizar a TI como um meio de levar a organização a dar suporte e ferramentas para atingir seus resultados e não somente como o departamento que mantém os sistemas “no ar”.

Essa mudança de paradigma no papel do departamento de TI das empresas é de essencial relevância quando falamos das empresas brasileiras: em muitas de nossas empresas, a área de TI ainda não assumiu seu verdadeiro papel no contexto da organização, acabando por ser relegada ao “departamento que apaga os incêndios dos sistemas atuais”, deixando a inovação para um segundo plano, depois de resolvidos os problemas em produção.

Nesse contexto, é onde aparece o valor e a importância de, em alguns casos, se adotar o outsourcing de TI para que o departamento de TI da empresa possa realmente exercer seu papel estratégico. Ao terceirizar serviços de TI de continuidade para a organização, como o suporte ao parque de Hardware, datacenters e de sistemas de produção, com a correta definição de papéis e responsabilidades e definição de SLAs, a gestão de TI da organização pode se preocupar e visualizar os cenários presente e futuro para a TI da organização.

Para cenários como esse, a adoção de um modelo de Governança como o ITIL ou o Cobit se faz extremamente importante. Com os ferramentais que esses modelos trazem, o gestor de TI tem plenas condições de acompanhar e metrificar o andamento das atividades do departamento de TI e vislumbrar eventuais necessidades futuras que o departamento possa ter.

Outro ponto importante antes da adoção de modelos de Governança é ter bem claros os papéis e responsabilidades de cada departamento e funções. Processos mapeados e institucionalizados ajudam bastante a dar visibilidade de como cada parte da empresa funciona e onde ela pode ser otimizada ou modificada e em que momento.

Tendo em mãos essas medições, fica muito mais fácil em conjunto com outros departamentos da organização prever, por exemplo, a necessidade de compra de novos equipamentos, implantação ou melhoria de sistemas, mudança de capacidade de datacenters e outras informações que, sem ferramentas ou controles, ficam mais difíceis de medir e acompanhar.


FONTE: Baguete
Por: Guilherme Schneider


listening: DJs at Work - Time to Wonder

sábado, 4 de julho de 2009

A Governança de TI nas empresas brasileiras

Essa pesquisa foi divulgada ano passado, provavelmente com os dados referentes a 2007. Contudo, não deixa de mostrar um panorama sobre o uso da governança de TI e de suas melhores práticas nas empresas brasileiras.

Um estudo realizado pelo itSMF Brasil com 200 grandes empresas brasileiras aponta que 85% delas investem em governança de TI. Isso mostra um aumento considerável em comparação com o primeiro levantamento feito pelo grupo 3 anos atrás, quando esse índice era de 18%.

Outro destaque é o fato de 33% dessas empresas já terem adotado o ITIL (biblioteca para infra-estrutura de TI) em suas operações. Além do ITIL, temos o CobiT (16%), Balanced Scorecard (11%), CMM e PMI (6% cada). Além disso, a compra de serviços de treinamento foi apontada por 84% dos respondentes como o caminho mais procurado pelas organizações interessadas em aderir às melhores práticas. 44% da amostragem total informou participar de eventos e seminários sobre o assunto. Livros e sites são as fontes procuradas por 30% dos entrevistados.

Entre as dificuldades para a adoção das melhores práticas apontadas pelas empresas estudadas estão:

-> adaptação e personalização dos modelos de governança de TI às necessidades específicas da empresa (20%);
-> dificuldade em definir as interfaces para a integração dos processos (15%);
-> dificuldade em ter acesso a materiais e literatura em português sobre as disciplinas de governança de TI (14%);

Esse estudo foi realizado com CIOs, diretores e gerentes de TI das empresas que participaram da quinta edição do itSMF Brasil Conference, sendo essas empresas orgãos públicos, grandes indústrias, empresas da área de telecomunicações, bancos e seguradoras.

Segundo Geraldo Coen, presidente do itSMF Brasil, a pesquisa mostra que o mercado brasileiro reconhece a necessidade de investir em disciplinas de governança de TI e, dentro deste universo, adota uma visão multidisciplinar, com a convivência, dentro de uma mesma companhia, de diversos frameworks das melhores práticas.


FONTE: Abramti


listening: Alex Morph - Walk The Edge (Alex Morph B2b Woody Van Eyden Vocal Mix)

O que é Governança de TI?

Esta é uma questão que muitos CIOs estão fazendo. Isto ocorre devido à diversidade de ferramentas e conceitos que são “despejados” no mercado, gerando dúvidas e definições incorretas sobre o tema.

Os grandes equívocos que ocorrem freqüentemente são de definição, onde se conceitua a Governança de TI (GTI) como um painel de indicadores, ou como um processo de gestão de portfólio dos projetos estratégicos.

Existem algumas frentes defensoras do conceito de que com a implementação de alguns processos baseados em apenas uma das melhores práticas (como Balanced Scoredcards (BSC), CobiT, ou ITIL) por si só, garantem a Governança, entretanto este conceito está incorreto.

A premissa mais importante da Governança de TI é o alinhamento entre as diretrizes e objetivos estratégicas da organização com as ações de TI. A definição do ilustre professor da FGV Sr. João R. Peres demonstra este conceito de forma abrangente, atribuindo os papéis e as responsabilidades conforme abaixo:

“Governança de TI é um conjunto de práticas, padrões e relacionamentos estruturados, assumidos por executivos, gestores, técnicos e usuários de TI de uma organização, com a finalidade de garantir controles efetivos, ampliar os processos de segurança, minimizar os riscos, ampliar o desempenho, otimizar a aplicação de recursos, reduzir os custos, suportar as melhores decisões e conseqüentemente alinhar TI aos negócios.”

Está definição deixa clara a importância da Governança de TI em organizações que almejam atender a crescente demanda por aumento de qualidade de produtos e processos, a alta competitividade do mercado globalizado e a busca por menores custos e maiores lucros.

Outra definição que se encaixa em Governança de TI é de considerá-la como “a Gestão da Gestão”, demonstrando seu papel principal que é de auxiliar o CIO (Governante de TI) a avaliar os rumos a serem tomados para o alcance dos objetivos da organização, onde um direcionamento errado pode levar a empresa ao fracasso em pouco tempo.

Casos de sucesso de um programa de Governança aplicados a uma organização não dão a garantia do mesmo sucesso à outra. Estes casos são muito instrutivos e importantes para auxiliar nos caminhos da elaboração de um programa próprio.

A implementação efetiva da Governança de TI só é possível com o desenvolvimento de um framwork (modelo) organizacional específico. Para tanto, devem ser utilizadas, em conjunto, as melhores práticas existentes como o BSC, PMBok, CobiT, ITIL, CMMI e ISO 17.799, de onde devem ser extraídos os pontos que atinjam os objetivos do programa de Governança. Além disso, é imprescindível levar em conta os aspectos culturais e estruturais da empresa, devido à mudança dos paradigmas existentes.

O grande desafio do Governante de TI é o de transformar os processos em “engrenagens” que funcionem de forma sincronizada a ponto de demonstrar que a TI não é apenas uma área de suporte ao negócio e sim parte fundamental da estratégia das organizações.


FONTE: IT Web


listening: Loken - Monday P.M

Bem-vindos!

Sejam bem-vindos ao mais novo blog sobre governança de TI da internet!

Aqui irei abordar os principais assuntos e notícias sobre tudo que envolve a governança de TI, como CobiT, ITIL, e por ai vai...sempre garimpando na internet as notícias e artigos mais interessantes e pertinentes.

Sintam-se à vontade para sugerir tópicos, comentar os posts e colaborar, afinal de contas colaboração é uma das palavras do futuro da internet.



Abraços!



listening: Tiesto feat BT - Love Comes Again (mark norman remix)